2.8.07

tomodati

cheguei na hokudai, minha faculdade, com a maior vergonha. nao conhecia ninguem, estava entrando em um ambiente em que todos ja estavam enturmados e o pior, logo de cara num churrasco! como quem nao quer nada, me aproximei do ser com cara de maio bonzinho na muvuca, um senhor de mais ou menos 60 anos. "o churrasco do pessoal de midia e comunicacao eh aqui?", "sim, eh aqui mesmo! de onde vc eh?", "humm, errr, eu...sou... brasileira, aluna do takai sensei", "serio? pessoal! chegou uma brasileira! vai menina, apresente-se pro povo!".

noooossa, quem disse que eu fiquei vermelha? fui la, rasguei o meu japones e consegui passar a mensagem. findo o discurso, uma multidao de japas veio falar comigo, querendo saber mais sobre o brasil, treinar o ingles, essas coisas. no meio dessa galera, surge um ser simpatico, a Suma. apesar de nao parecer, ela eh japonesa mesmo, com carinha de chinesa.

a Suma eh uma das pessoas que mais me salvam no japao, principalmente em assuntos escolares. nas aulas, eu grudo nela e quando o sensei me pergunta algo, eu so olho pra ela e peco ajuda. eh com ela que eu descubro como vivem os japas da minha idade [pois eh, logico que nos temos conversa de mulherzinha], falamos das intempestividades da vida, de tudo.

e ela a-do-ra estrangeiros. o namorado eh um romeno muuuito legal, segundo ela, o relacionamento mais longo da vida: 8 meses comemorados a exaustao. chamei ela pra vir pra uma feijoada no alojas, vi ela comendo pelo menos uns 3 pratos! ja virou brasileira... amou a caipirinha que nos fizemos com velho barreiro!

a amizade dela eh uma das coisas que fazem a gente lembrar o quanto vale a pena ficar longe de casa. fico privada do convivio com alguns amigos, mas ganho outros!

yoshiko, outra querida da hokudai, suma e eu detonando a feijoada!

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que ela não gostaria de me conhecer?