fuji film

a saga do monte fuji, em fotos:

tudo comecou na tarde do dia 13, segunda. deus me livre ter que vestir uma calca preta, com aquele calor que fazia em tokyo, mas tudo bem. esses somos eu, rodolfo e paula, super animados e dispostos [ainda] hahaha

depois de quase perder o onibus que ia pro fuji, atrasa-lo e ainda fazer o motorista parar pra dar uma visita ao pipi-house, nos, brasileiros bagunceiros, chegamos ao gogome [etapa 5] do monte fuji, onde comecaria a nossa caminhada. la nos juntamos ao meu querido primo-irmao beto e seus amigos toto e bia, e henrique [bolsista de nara]. completando a equipe, clayton e seu irmao hideyo, que vieram de busao com a gente.


as primeiras etapas do fuji sao tranquilas e cansam um pouquinho os sedentarios de plantao. mas nao eh nenhum bicho de sete cabecas. se eh que eu sou referencia de alguma coisa, uma dica eh seguir o esquema turtle: devagar e sempre [ai que saudade de machu picchu!]. eu, minha fiel escudeira paula e o hideyo [com sua inconfundivel toalha verde na cabeca], estavamos num ritmo legal e resolvemos ir na frente. isso pra evitar ficar muito tempo nas paradas, esfriando o corpo. repare na foto: a paula super animada e os japas morrendo de frio, dormindo... nem rola!



um dos baratos de subir o fuji eh comprar o "pau". alem de ele vir com um guizo irritante e uma bandeirinha do japao, ajuda em alguns pontos da caminhada. entre uma parada e outra, vc pode carimbar o cajado, comprovando o feito de passar por cada etapa. no topo da montanha, os aventureiros costumam amarrar o guizo num ponto e fazem um desejo tb.

ta nascendo!

chegamos no topo do fuji as 3h e pouco, apos cerca de 7 horas de caminhada. ainda estava bem escuro e fazia frio, brrrr. gracas a deus abriu um salao quentinho la em que vc pode comer umas coisas, tambem quentes. ficamos esperando os meninos chegarem e conseguimos pegar o nascer do sol la de cima, uma das coisas mais bonitas que eu ja vi.

nasceu!

vc esta muito acima das nuvens, nossa, eh lindo demais.

a macacada reunida pra assistir o nascer do sol. desses, pode crer que a maioria sao brasileiros. deve ser a maior concentracao tupiniquim fora de aichi.

eu e a cratera. dava pra ir mais pro topo, mas eu nao fui.

todos com sensacao de dever cumprido. parabens a todos pelo esforco, uniao, apoio!

calmai, calmai. mas vc ainda tem que descer o fuji. ahhh, ninguem falou que ia ser facil! subir eh legal, vc vai devagar, tem varias paradas para descansar, fica se entretendo contando estrelas cadentes. mas descer eh pessimo! a paisagem nao muda, vc fica sempre pisando naquele chao de pedras soltas, respirando po... affe, eh pra nunca mais. mas conseguimos!

dia 14, as 18h. cabelos duros, narizes sujos, corpo dolorido.. como eh que da pra sorrir? foi bom demais ! hahahaha

praias niponicas

outro dia, andando pela cidade de kamakura [aquela em que o ninja jiraya foi passear com a namoradinha], sob um sol e calor infernais, avistamos a seguinte paisagem:

a decisao foi unanime:

- nossa, acho que ja vimos templos demais, ne? [haviamos passado apenas por dois]

- tambem acho. o que vcs acham de a gente ir pra aquela praia la?

- .... [todo mundo correndo em direcao ao paraiso!]

olhe bem para essa foto.

sim, parece ser uma praia normal. mas naooooooo! repare melhor na areia preta! ao fundo, pode-se visualizar milhares de algas boiando, argh! e os japas?? esse eh o povo mais farofeiro que eu ja vi.

levam moto, cachorro, fazem churrasco na praia, sem a menor censura! quer dizer, ainda ha um certo ar conservador em torno das roupas de banho dos niponicos, algo americano de ser.

com esse cenario, preferi ficar sentadinha na areia mesmo [logico, em cima de um papel].

como pessima jornalista e otima preguicosa, nao tirei fotos boas da praia para mostrar. mas da pra ter ideia de como era por essa imagem, ou nao?

mas foi melhor ter esperado mesmo. na semana seguinte, fui pra casa de uns primos e eles me levaram numa praia de verdade. quer dizer, mais ou menos de verdade, pq a areia branquinha era trazida da australia.. mas ta valendo! agua cristalina, muito calor e frango assado!

ah, eu a-do-ro o japao!

sem teto [?]

saiu hoje no jornal: atualmente existem cerca de 5400 "moradores de cybercafe" no japao. nao vou nem comentar esse numero, que comparado ao brasil eh ridiculo, mas tudo bem..

aqui, sem-teto nao eh mendigo, nao eh sujo, nem analfabeto. ta bom, a maioria bebe, nao gosta/consegue trabalhar e nao quer saber da familia, como os nossos queridos homeless tupiniquins. eles dormem nas estacoes de metro, nos cybercafes [que sao baratos e, com sorte, possuem ate chuveiro] ou em suas barracas devidamente equipadas com cama, tv, as vezes ate geladeira.

mas porque raios esses caras nao tem casa pra morar?

muitos nao tem dinheiro mesmo. podem ate conseguir um trabalho em fabrica, como nossos queridos amigos e parentes brasileiros fazem aqui, mas por orgulho ou qualquer coisa que o valha, nao o fazem. ficam vivendo de bicos e dormem em qq canto mesmo. outros gostam da "liberdade das ruas". la, podem trabalhar quando quiserem e se quiserem, alem de poderem beber e esquecer dos problemas.

sera que os caras que dormem em hotel capsula tb se encaixam nessa estatistica?


queria ter uma foto das casinhas desses caras pra mostrar, mas em sapporo eu nao vi nenhuma..

*****

so um adendo: eh claro que ha muitos casos de pessoas que, por conta do sistema capitalista feroz, perdem tudo e se veem sem nada. os japoneses dizem que isso nao acontecia antigamente, que o japao tem um povo que trabalha em conjunto pra erguer o pais, mas que depois de algumas politicas mal-sucedidas resultaram nessa onda de desemprego. digamos que os eua nao foram boa influencia por aqui...

calor da peste

quando diziam que o calor do japao era de matar, eu nao acreditava. como um lugar em que se faz tanto frio pode ficar tao quente e abafado? pois eh, comoooooo?

em sapporo esta quente, mas eh um calor como o do brasil, em que eh humanamente possivel andar pelas ruas, viver! quando desembarquei em tokyo e senti aquele bafao percebi que estava ferrada, completamente.

nao sei bem como descrever o calor do japao, mas eh algo que te faz sentir saudades de respirar. alem de ser muuito quente, o ar eh super umido, pesado. vc fica suado 24h por dia, quer ficar dentro de casa o tempo todo, com um ar condicionado na cabeca. quando se anda nas ruas, eh imprescindivel carregar uma garrafa d'agua. os japas penduram toalhas molhadas no pescoco pra suportar um pouco do calor, mas eu sempre morria de raiva por esquecer de coloca-las tb.

um desses dias, em nagoya [uma das cidades mais quentes em que fiquei], resolvi encher o saco dos amigos e pedi pra fazer um churrasco. pra nao sofrermos muito com o calor, resolvemos faze-lo a noite.

continua muito calor, mas deve ser um pouco menos pior. so sei que ficou dificil pros meninos manterem-se vestidos hahaha

nesses 15 dias em que fiquei viajando, os unicos lugares sem ar condicionado que eram tranquilos de se permanecer eram a praia e a cachoeira que eu fui com os meus primos. mas ai eh outra historia...

lost in tokyo

eh brincadeira, eu nao me perdi nao. mas nao ficaria nem um pouco surpresa se alguem ficasse. caipiras paulistanos como nos, que so conhecem metro com 3 linhas [forcando muuito, mais as de trem] e alguns onibus, como o famoso butanta-usp - pedra branca [177P, se nao me engano], ficariam loucos ao se deparar com esse tipo de mapa:

ok, respirem, inspirem. esse eh apenas o mapa da malha metroviaria de tokyo, incluindo a yamanote sen, a linha circular de trem. da um ligo no mapa ferroviario:

eh fod*! o pior de tudo isso eh que os japas sao tao cabecoes que nao cobram uma tarifa so e pronto, como no brasil. conforme a distancia dos trechos, o valor muda [ok, eh justo], mas muuuito complicado!

quando compramos uma passagem de trem ou metro, temos que olhar esses mapas acima e identificar o valor do ticket que temos que comprar. esses valores estao escritos abaixo do nome da estacao em que se quer chegar.

feita a conferencia do valor, vc vai usar uma daquelas queridas maquinas de venda de bilhetes, que nos tanto adoramos.

vc poe o dinheiro, aperta o valor do ticket e ja sai um bilhetinho com o seu troco. infelizmente aqui nao existe bilhete unico, pra poder pegar 4 busoes em duas horas, mas ha um bilhete em que vc coloca creditos e ele passa tanto em metros como trens e busoes.

para os que desistiram de se perder no mapa, a dica eh a seguinte: comprem o bilhete mais barato e, quando chegarem na estacao de destino, ajutem o valor do ticket. ahn? como? eis que surge mais uma maquina...

sim, a maquina de ajuste de valores! vc chega no seu destino com um bilhete de valor errado, coloca ele la e a maquina diz quanto vc deve. coloca-se o dinheiro faltante e a maquina emite um novo bilhete, correto.

nossa, pra ser japones tem que ser inteligente MESMO. porque isso eh sistema pro japao todo, mas tokyo eh o pior lugar de todos!

outras coisas interessantes que eu notei aqui eh que nao ha empurra-empurra pra entrar no trem, mesmo nos horarios de pico. pra falar a verdade, os caras sao bem sensatos e deixam o povo de dentro do trem sair primeiro pra depois entrar. mas existe um tipo de funcionario que fica na plataforma com um microfone pedindo pras pessoas entrarem logo, as vezes ate dando uma ajudinha [leia-se empurraozinho] hahahah

e os caras sao tao traumatizados com os milhares de suicidios nas linhas ferreas, que contruiram esse tipo de coisa:

isso mesmo. portas de portas!

ouvi dizer que quando uma pessoa se joga na linha de trem, eh emitida uma multa para a familia do louco. e quanto maior for o dano para a populacao, maior o valor. por isso, os caras que querem se matar escolhem dias e horarios menos movimentados e estacoes terminais pra dar tchau ao mundo. esses japassss...

tokyo, toquio!

pronto, finalmente voltei pras terras do norte. ja nao aguentava mais aquele calor, affe maria! foi bom rever os amigos e, principalmente os parentes, a saudade era muita!

vamos ver se aos poucos, vou atualizando a bagaca com os ultimos acontecimentos, que nao foram poucos!

vou comecar por tokyo.

ahh tokyo! cidade grande, enorme! nunca para, eh uma confusao sem tamanho andar por la. ja fui pra essa cidade umas 5 vezes, mas nao tem como, eh uma metamorfose sem fim. foi la que encontrei com meus amiguinhos: pa-paula, brava companheira de sapporo, rodolfo, vulgo vitinho [o melhor anfitriao de todos os tempos] e eli, minha amiga doidinha que nao via ha tempos.

fomos dar umas voltas por shibuya e harajuko, reduto das pessoas mais estranhas do japao [estranhas mesmo!]. la, por coincidencia, estava rolando uma parada do orgulho gay. eh logico que nos entramos! e adivinha: caimos bem no bloco dos carnavalescos, so musica brasileira. imagina a cena: nos e os japas gays pulando e cantando bai ra bai ra, yoyo yoyo! [traducao: vai la vai la!]

chegamos na praca onde os outros gays estavam amotinados e fomos recebidos com uma banda tocando aquarela do brasil, jogamos beijos pra todos, foi demais! mas ficou a pergunta: no japao, musica brasileira tem a ver com o movimento homossexual?? um dia me disseram que aqui ymca nao tem nda de gay, vai entender esse povo..

bai ra, baira no cacique sambar hahahaha

to continued..

conseguimos!

pois eh, a caminhada foi meio dificil mas conseguimos descer do monte fuji.

eh isso mesmo. o problema nao eh subir [ok, tb nao eh taao facil assim], mas descer daquela montanha eh fod*.

so tenho isso pra contar agora. segue a foto comprovando o feito. depois conto mais haha!

eu e a minha queria companheira, paula, na cratera do vulcao. apos algumas horas de leve caminhada, descobrimos que, apesar do sedentarismo, estamos melhor do que os meninos!

ferias

ebaaaaaa
to de saida. tchau!

hiros

andar no japao eh nao se preocupar se a sua bolsa esta aberta, se o vidro do carro esta fechado, se o seu celular esta a mostra. aqui vc entende o real significado da seguranca. no pais, ninguem, alem dos mafiosos da yakuza e poucos policiais, portam armas de fogo.

nao eh brincadeira quando dizemos que podemos dormir com a casa aberta [coisa que eu sempre fazia quando morava em predio], deixar as coisas na sua mesa da faculdade durante dias [coisas que eu digo nao sao lapis e canetas, mas laptop, dinheiro etc], ou mesmo as compras no cesto da sua bicicleta, que ninguem mexe.

parece inacreditavel, mas se vc perde uma carteira com dinheiro, te devolvem intacta. acho ate que se tivesse o nome e o telefone do dono nas notas perdidas, devolveriam tambem. e vc eh envolvido por essa cultura. dificilmente alguem teria coragem ou falta de peso na consciencia pra pegar o que nao eh seu.

esse clima de honestidade fez existir a industria dos "herois". sao pessoas que nao tem muito o que fazer da vida e se especializam em achar coisas perdidas, geralmente nas estacoes de trens e onibus, para devolve-las aos donos. aqui eh costume entregar um trocadinho pra quem achou seus pertences, algo como 2 mil yenes [R$ 40], e eles vao vivendo assim.

sentem-se o maximo por ajudar o proximo e ainda recebem uma caixinha haha

*****

um pequeno adendo:
escrevi esse post antes de ler a materia do estadao de domingo [5/08], denunciando o furto de objetos das vitimas do acidente com o aviao da gol. meo deus do ceu! isso sim eh o que podemos chamar de diferenca de cultura..

Mortos do vôo da Gol foram pilhados
Documentos e objetos como celulares e jóias de vítimas do vôo 1907 sumiram ou pararam na mão de ladrões
Christiane Samarco

Os corpos das vítimas da tragédia do vôo 1907, envolvendo um avião da Gol, em 29 de setembro do ano passado, foram pilhados. Documentos importantes de alguns dos 154 mortos estão sendo usados hoje por falsários - um deles utilizou esses documentos no contrato de um empréstimo, no mês passado, em uma financeira de Brasília, para comprar um carro por R$ 20,4 mil.

Tão grave e impressionante quanto o uso criminoso dos documentos pessoais é o caso do celular de uma das vítimas que apareceu em um subúrbio do Rio dez dias após o acidente, quando só as Forças Armadas trabalhavam no local da queda do Boeing.

Por ter caído nas mãos de um revoltado e curioso 'consertador' de celulares, o aparelho virou pivô de uma cena tétrica: sem que o corpo da mulher tivesse sido localizado e resgatado, o viúvo recebeu uma ligação feita a partir do celular dela. Do outro lado, uma voz masculina chamou-o pelo apelido de 'Pretinho', uma maneira carinhosa pela qual era tratado pela mulher morta.

Ao longo da semana passada, o Estado recolheu provas e relatos de familiares a quem foram devolvidas carteiras, pastas e bolsas intactas dos parentes mortos, mas só com 'documentos supérfluos', como carteirinhas de clubes esportivos, identificações profissionais e de freqüência em universidades e outros estabelecimentos de ensino. Há relatos em que fica claro que os espoliadores da tragédia só queriam mesmo os documentos.

SEM IDENTIDADE

A empresária Janice Campos, moradora de Goiânia, recebeu o celular da filha funcionando e sem nada quebrado, além da bolsa com R$ 200, cartões bancários e talões de cheques, mas sem a identidade, CPF e certidão de nascimento do neto, sem a qual os dois, mãe e filho, não teriam embarcado em Manaus. Janice recebeu até a mochila do neto - dentro, a fantasia de Power Rangers.

Corpos de passageiros do vôo 1907, que nunca se separavam de certas jóias e não sofreram mutilações, foram entregues aos familiares sem alianças, cordões de ouro e brincos de estimação. Parentes receberam caixas de relógios sem um arranhão - e sem os relógios.

O comando da Aeronáutica, que coordenou toda a operação de resgate, a Gol e a Blake Emergency Services, empresa inglesa contratada para fazer o serviço de desinfecção e higienização de todos os pertences, não sabem explicar como sumiram dessas bolsas intactas os cartões de crédito, carteiras de identidade, carteiras de motorista e CPFs dos mortos.

Após a retirada dos objetos da selva de Mato Grosso, tudo foi reunido em um galpão, em Brasília. Entre a coleta e a devolução aos parentes, os pertences ou foram manuseados ou ficaram à vista de militares, índios e mateiros, policiais civis, bombeiros, funcionários da Gol e técnicos da Blake. Onde e como foi a pilhagem ainda é uma incógnita.

E por ai vai...

tomodati

cheguei na hokudai, minha faculdade, com a maior vergonha. nao conhecia ninguem, estava entrando em um ambiente em que todos ja estavam enturmados e o pior, logo de cara num churrasco! como quem nao quer nada, me aproximei do ser com cara de maio bonzinho na muvuca, um senhor de mais ou menos 60 anos. "o churrasco do pessoal de midia e comunicacao eh aqui?", "sim, eh aqui mesmo! de onde vc eh?", "humm, errr, eu...sou... brasileira, aluna do takai sensei", "serio? pessoal! chegou uma brasileira! vai menina, apresente-se pro povo!".

noooossa, quem disse que eu fiquei vermelha? fui la, rasguei o meu japones e consegui passar a mensagem. findo o discurso, uma multidao de japas veio falar comigo, querendo saber mais sobre o brasil, treinar o ingles, essas coisas. no meio dessa galera, surge um ser simpatico, a Suma. apesar de nao parecer, ela eh japonesa mesmo, com carinha de chinesa.

a Suma eh uma das pessoas que mais me salvam no japao, principalmente em assuntos escolares. nas aulas, eu grudo nela e quando o sensei me pergunta algo, eu so olho pra ela e peco ajuda. eh com ela que eu descubro como vivem os japas da minha idade [pois eh, logico que nos temos conversa de mulherzinha], falamos das intempestividades da vida, de tudo.

e ela a-do-ra estrangeiros. o namorado eh um romeno muuuito legal, segundo ela, o relacionamento mais longo da vida: 8 meses comemorados a exaustao. chamei ela pra vir pra uma feijoada no alojas, vi ela comendo pelo menos uns 3 pratos! ja virou brasileira... amou a caipirinha que nos fizemos com velho barreiro!

a amizade dela eh uma das coisas que fazem a gente lembrar o quanto vale a pena ficar longe de casa. fico privada do convivio com alguns amigos, mas ganho outros!

yoshiko, outra querida da hokudai, suma e eu detonando a feijoada!

prato [per]feito

brasileiro que eh brasileiro nao consegue resistir a um arroz com feijao. ainda mais se ele vier acompanhado de ovo e batata frita, bife e salada. eu, como boa pedreira, tava morrendo de vontade de comer uma coisa dessas com sustancia. chega de alimentos saudaveis e leves, eu quero mais eh ficar passando mal de comer!

gracas a deus eu moro com uma cozinheira de mao cheia, a tiemi. affe, que feijao eh aquele! a nossa equipe de cozinha tambem eh super animada, todo mundo ajuda a mama tiemi. minha amiga 430 fica a cargo de picar o alho, eu, como nao choro, corto cebola, a emi eh a mulher da contabilidade, o bruno cuida do som. os demais fazem todos os trabalhos, desde picar e lavar verduras ate trocar o lixo, fazer compra no mercado, fritar ovo.

qdo o rango fica pronto, os guerreiros se alinham em volta da mesa, prontos para atacar. enquanto comemos, pouco se fala, muito se trabalha. e vale demais a pena! esse alojamento representa demais o brasil!

nessa brincadeira corrompemos o Chang, um bolsista da Malasia que ja sabe fazer feijao melhor do que muito brasileiro