4.4.07

Do lado de cá... saudades

No início do mês de abril começaram a partir os primeiros bolsistas 2007, rumo ao Japão. Os que ficam têm milhares de despedidas para ir, tanto em bares, pizzarias, karaokês, aeroporto... e ficam pra trás, dando tchau e esperando aquela figura conhecida desaparecer entre muros e máquinhas de raio x.

A nós cabe dar um abraço forte, passar confiança para aquele que parte e sente um misto de euforia, por causa do novo desafio de morar longe, com aquele medo de ir embora, de deixar coisas e pessoas para trás. Derrubar algumas lágrimas às vezes é inevitável, dos dois lados [tanto dos que vão como os que ficam].

Alguns ainda têm a possibilidade de reencontrar os amigos mais cedo, lá no nihon, como o caso dos kenshuseis e dos ryugakus atrasados. Ficam combinando passeios do outro lado do mundo, mesmo que a incerteza paire sobre datas e locais.

Os que ficam no Brasil têm sua rotina normal, mas convivem com o Buraco. Buraco esse que aparece nos dias em que você vai pro bar com os amigos e fica faltando uma piada, ou quando você passa por um quarto e nota que onde havia agitação e bagunça a energia não funciona mais. O Buraco vai sendo preenchido aos poucos com outra rotina, outra realidade e acaba-se acostumando com ele. O fato é que ele está ali, e isso perturba.

Mas o que nos acalma é saber que daqui a pouco o Buraco será preenchido de novo.

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